Humanidades

"Em 'Acerca do desterro', de José Rui Teixeira, encontramo-nos num curiosíssimo labirinto que comporta diversos enigmas. As análises e os percursos que aqui são seguidos permitem-nos conhecer várias perspetivas sobre a cultura portuguesa contemporânea. Sim, apesar do tempo passado ser essencialmente o da primeira metade do século XX, a verdade é que estamos diante dos fundamentos do que hoje é ainda a nossa realidade cultural, nas suas diferenças e complexidades. Os textos aqui reunidos procuram, por caminhos diversos, referências existenciais que se aproximam e se distanciam entre si, exprimindo continuidades e ruturas. Antes do mais, temos a ideia de uma viagem em diversos sentidos, mas sobretudo viagem interior, numa interrogação heterogénea sobre personalidades que se encontram e desencontram" [Guilherme d'Oliveira Martins (prefácio), p. 7].

"Após o desaparecimento de Luís Amaro no final de agosto de 2018, alguns amigos decidiram lembrá-lo, recolhendo, num círculo de admiradores próximos, depoimentos inéditos sobre ele. O opúsculo inicial que os juntaria evoluiu, ao longo dos meses, para o livro que o leitor tem nas mãos e cujas características são distintas das projetadas de início. Nunca um livro nasce como é pensado; no processo de geração, o seu ser impõe-se, firmando a autonomia do seu destino e da sua personalidade e sobrepondo-se a qualquer plano" [Nota introdutória, p. 7]. Organizadores: António Cândido Franco, António José Queiroz, Francisca Bicho e Paulo Samuel.

"Deus desempenha na poesia de Daniel Faria aquilo que o fluxo do real desempenha na obra de outros poetas: irrompe de um modo inesperado, gera uma angústia que perturba e con- sola, é disfuncional porque é silente o estrondo da sua ausência e anestésica a violência da sua epifania breve. Deus é o único corpo que não é um corpo estranho nesta poesia; a sua ausência é a figura mais contrastada na paisagem. O pressentimento de Deus é o modo como o fluxo do real se desdobra na trama, na tessitura do poema" [p. 50]. Este livro reúne dois ensaios de José Rui Teixeira: 'O corpo e a morte na poesia de Daniel Faria. Um tríptico para o desdobramento da imolação' e 'Um modo de te amar dentro do tempo. Sobre a saudade de Deus na poesia de Daniel Faria'; e um texto de José Nuno Ferreira da Silva: 'Prepara um ramalhete de mirra'.

"E para que servem poetas em tempos de indigência? Servem para redescobrir esse espaço em que a imanência e a trans- cendência se intersetam. O poeta a que se refere Hölderlin desdobra a área de interseção transimanente: lugar coabita- do, teotopia poética. O poeta desdobra a área de interseção transimanente: é um mediador, agente de intercessão ao modo do santo, mas em sentido inverso: o santo intercede pelos homens junto de Deus, o poeta intercede por Deus junto dos homens" [p. 77].

"Os textos aqui reunidos procuram, por caminhos diversos, referências existenciais que se aproximam e se distanciam entre si, exprimindo continuidades e ruturas. Antes do mais, temos a ideia de uma viagem em diversos sentidos, mas sobretudo viagem interior, numa interrogação heterogénea sobre personalidades que se encontram e desencontram" [Guilherme d'Oliveira Martins (prefácio), p. 7]. Esta é a 1.ª edição deste livro de José Rui Teixeira, resultado de um projeto de pós-doutoramento que dialoga com as vidas e as obras de poetas como António Nobre, Mário de Sá-Carneiro, Guilherme de Faria, Judith Teixeira, Afonso Lopes Vieira, José Bruges d'Oliveira, António Pedro, entre outros.

Atas das VII Jornadas de Cultura Hispano-Portuguesa, promovidas pelo Instituto de Pensamiento Iberoamericano [UPSA] e pela Cátedra Poesia e Transcendência [UCP Porto], nos dias 5 e 6 de maio de 2016, na Universidad Pontificia de Salamanca. Introdução de José Luis Guzón. Textos de José Rui Teixeira, Antonio Colinas, César Augusto Ayuso, Luis Frayle, José Pedro Angélico, Hugo Milhanas Machado, Pedro Pereira e Valter Hugo Mãe.

Dissertação apresentada à Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, para a obtenção do grau de doutor em História. Sérgio Ribeiro Pinto nasceu no Porto, em 1979. É licenciado em Teologia pela Universidade Católica Portuguesa, onde é docente e investigador [Centro de Estudos de História Religiosa]. É membro da Association Française d'Histoire Religieuse Contemporaine. Para além de inúmeros artigos, publicou 'Separação Religiosa como Modernidade. Decreto-lei de 20 de Abril de 1911 e modelos alternativos' [2011]. A sua investigação tem incidido sobre a problemática sócio-religiosa na monarquia liberal e na I República, com particular destaque para o papel do clero na modernização administrativa do Estado, o processo de secularização e a laicidade.

Dissertação apresentada à Faculdade de Letras da Universidade do Porto, para a obtenção do grau de doutor em Literaturas e Culturas Românicas / Estética Literária. Fernando de Castro Branco nasceu em Duas Igrejas [Miranda do Douro], em 1959. É licenciado em Línguas e Literaturas Modernas e mestre em Literatura Portuguesa Moderna e Contemporânea pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Poeta e ensaísta, Fernando de Castro Branco publicou também 'Poética do Sensível em Albano Martins' [2004].

Em 'Antropologia e estética no pensamento português (1850-1960)' reúnem-se 16 estudos de José Acácio Castro, doutorado em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto e professor associado da Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa. Ao longo das mais de 300 páginas desta edição, são abordados autores como Antero de Quental, Leonardo Coimbra, Teixeira de Pascoaes e Manuel Laranjeira, entre tantos outros. José Acácio Castro publicou 'O Simbolismo da Natureza em Santo António de Lisboa' [UCP / Coleção Humanística e Teologia, 1997] e 'O Sentido do Belo e outros estudos' [INCM, 2006].

Atas das VII Jornadas de Cultura Hispano-Portuguesa, promovidas pelo Instituto de Pensamiento Iberoamericano [UPSA], nos dias 7 e 8 de maio de 2014, na Universidad Pontificia de Salamanca. Introdução de José Luis Guzón. Textos de António Jácomo, María José Boyero Rodríguez, Gustavo Martín Garzo, José Pedro Angélico, Luís Manuel da Cruz Leal, César Augusto Ayuso, Jorge Luis Álvarez, Victor Manuel Tirado San Juan e José Rui Teixeira.

"Muitas são as vozes que, em diálogo, se fazem ouvir neste novo trabalho de Henrique Manuel Pereira. [...] Ao lado de páginas de documentação mal conhecida ou de todo ignorada e de luminosa hermenêutica textual, deparamos com a muito conveniente demolição de ideias feitas. Sempre em nome da restituição do rosto verdadeiro do homem e da herança literária que ele nos legou" [do prefácio de Luís Machado de Abreu]. Henrique Manuel Pereira nasceu em 1967. É professor na Escola das Artes da UCP Porto. É licenciado em Teologia [UCP Porto] e doutorado em Cultura Portuguesa [Universidade de Aveiro]. É membro do Centro de Literaturas de Expressão Portuguesa [Universidade de Lisboa], do Centro de Investigação em Ciência e Tecnologia das Artes [UCP Porto] e do Grupo de Estudos Literários e Culturais [Universidade de Aveiro].

Em 'Duma só coisa quis saber', a Cosmorama reuniu conferências pronunciadas por Leonel Oliveira [entre 1993 e 2010] e artigos publicados nos 'Cadernos' do Centro Catecumenal da Igreja do Porto. Leonel Oliveira nasceu em Freamunde, em 1934, onde veio a morrer em 2015. Depois dos estudos teológicos, foi ordenado presbítero na Catedral do Porto, em 1958. Desenvolveu uma intensa e singular experiência pastoral no Padrão da Légua, entre 1959 e 1975. Em 1977 foi viver para o Bairro da Sé. Colaborou na Comunidade da Serra do Pilar e integrou o Grupo de Apoio ao Bairro da Sé. Em 1991 foi nomeado capelão da Capela de Fradelos e, em 1995, diretor do Centro Catecumenal da Igreja do Porto. Foi uma das mais proféticas e carismáticas vozes da Igreja do nosso tempo.

Dissertação apresentada à Faculdade de Letras da Universidade do Porto em 2012, para a obtenção do grau de doutor em Literatura. José Rui Teixeira nasceu no Porto, em 1974. Trajetos académicos: licenciatura em Teologia [UCP Porto], mestrado em Filosofia e doutoramento em Literatura [FLUP]. Dirige a Cátedra Poesia e Transcendência [UCP Porto]. É investigador do Centre de Recherches Interdisciplinaires sur les Mondes Ibériques Contemporains [Université Paris-Sorbonne] e do Centro de Estudos de Religiões e Culturas [UCP Lisboa]. Integra o Instituto de Pensamiento Iberoamericano [Universidad Pontificia de Salamanca] e a Asociación Latinoamericana de Literatura y Teología.

Dissertação apresentada à Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa [Porto] em 1999, para a obtenção do grau de mestre em Teologia Sistemática. Prólogo de Ângelo Alves. Joaquim da Silva Teixeira é frade e sacerdote na Ordem dos Carmelitas Descalços. É licenciado e mestre em Teologia pela Universidade Católica Portuguesa. Tem exercido vários cargos na Ordem Religiosa de que é, atualmente, superior provincial. É autor de inúmeros artigos no âmbito da teologia da vida espiritual.

'O fuso e a trama. Santa Beatriz da Silva e a fundação da Ordem da Imaculada Conceição (séculos XV e XVI)' é um importante documento histórico sobre a vida de Santa Beatriz da Silva, prefaciado por Vanda Anastácio. José Félix Duque nasceu em 1975. É mestre em Cultura Portuguesa / Estudos Românicos, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde se doutorou em História Moderna. É investigador integrado do Centro de Estudos Clássicos da FLUL e colaborador do Centro Interdisciplinar de História, Culturas e Sociedades da Universidade de Évora.

Entre inúmeros artigos, António Martins da Costa publicou 'O pensamento filosófico português contemporâneo. A receção de Kant em Leonardo Coimbra' [UCE Porto, 2012], a sua dissertação de doutoramento em Filosofia, na Universidade Católica Portuguesa [Braga]. 'A reescrita rawlsiana da filosofia política de Kant' corresponde à sua dissertação de mestrado em Filosofica [UCP Braga].